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domingo, 7 de outubro de 2012

O Centro Espírita

 


O que é um Centro Espírita?



É uma casa de oração onde acolhe tanto encarnados como irmãos desencarnados necessitados de auxílio. Aquele que tiver merecimento receberá.



   A Doutrina Espírita  é o Consolador prometido por Jesus e veio para nos esclarecer e consolar, com base na Doutrina codificada por Allan Kardec.



 

 Procurar saber a Origem e significado do nome do Grupo Espírita que você frequenta.



 Quais as atividades em uma Casa Espírita?



         Palestra, Passe, Desobsessão, Evangelização Infantil, Cirurgia Espiritual (há casas que possuem) Doutrinação, livraria, estudo da mediunidade...

        

E também o trabalho dos Mentores, pois os médiuns são apenas um instrumento nas mãos dos espíritos.




 Quem administra o Grupo Espírita?


         O Presidente, o Vice-Presidente e os Diretores de Departamento, que fazem parte da Diretoria do Grupo Espírita, que são eleitos pelos associados.





    Quem trabalha na Casa Espírita? 

 Os médiuns, pessoas voluntárias, trabalhadores anônimos, os mentores...
Nenhum encarnado recebe dinheiro, não é um trabalho remunerado, pois nada é por acaso, um médium de trabalho veio para desempenhar determinada função por estar comprometido com ela. É seu Dever.
 Para cada setor existe uma Equipe Espiritual. Nunca estamos sós.


Importância do Estudo da Doutrina Espírita. 

A Doutrina é muito esclarecedora, ela nos ensina entre tantas coisas, que nada é por acaso, que a vida continua além do corpo físico, que temos um perispírito, que somos espíritos em busaca da evolução e que a encarnação não é um "parque de diversões", que não estamos aqui para "aproveitar a vida".

É importante conhecer e estudar o Espiritismo para entendê-lo e poder viver seus ensinamentos. Além de nos preparar para a Vida Futura, pois o que fazemos hoje, receberemos amanhã.




Trecho do Livro  "Violetas na Janela", em que Patrícia nos conta o outro lado, ou seja, além do que os nossos olhos materiais não conseguem ver, sobre tudo o que acontece no Centro Espírita no momento de uma reunião de desobssessão, onde são doutrinados os irmãos desencarnados.





"...Quando estava para começar a reunião, Maurício (amigo) veio me buscar e fomos para o salão. Ficamos na parte direita de quem entra e sentamos. Este espaço é reservado a visitantes desencarnados. Sentamos em cadeira plasmada acima do solo material e não nas cadeiras dos encarnados... Havia muitos desencarnados, trabalhadores, visitantes como eu e os que iam ser orientados e socorridos. Estes últimos formavam filas que os trabalhadores do Centro organizavam para que tudo saísse a contento.



Após a oração iniciou-se a doutrinação dos desencarnados. Apagaram as luzes para facilitar a concentração, evitando distrações visuais, proporcionando assim as projeções mentais que iriam agir com mais facilidade no mundo astral.

Encarnada sempre gostei de prestar atenção nas doutrinações aos desencarnados. Cada desencarnado tem sua história e algumas bem interessantes. Agora, vendo a orientação, o socorro do lado de cá, gostei mais ainda, é bem mais fascinante. Mas vendo tantos mutilados, muitos com sinais de torturas, fiquei um pouco apreensiva. Era um grupo que foi libertado do Umbral pelo trabalhadores do Centro, onde estavam presos como escravos. Alguns encontravam-se abobalhados, observei e senti dó. Maurício me disse baixinho:

—Patrícia, nada é injusto. Colhemos o que plantamos. A reação é de conformidade com a ação. Pelo menos dois destes espíritos devem falar pela incorporação um pouco de suas vidas. Verá que ignoravam os ensinamentos de Jesus. Viveram encarnados para o gozo, para a matéria e prejudicando o próximo... fazendo mal a irmãos por dinheiro. Usaram de desencarnados como empregados, estes os serviram, depois foi a vez de eles os servirem. Todos vão ser socorridos, curados e levados para recuperação ao hospital da Colônia.

Muitos dos necessitados seriam incorporados, entre eles muitos não sabiam que desencarnaram. Normalmente, comparando seus estados, o desencarnado com o encarnado, compreendem que o corpo físico morreu. Quando nós desencarnados chegamos perto de um encarnado, nota-se logo a diferença, a não ser que estejamos completamente iludidos e, não querendo aceitar a realidade, fingimos não perceber. Comparando-me com um encarnado, sinto-me leve, solta, o perispírito é um corpo muito mais delicado e sutil que o material.


               ... As doutrinações começaram.

Dois do grupo de escravos que tanto me impressionou foram os primeiros a receber ajuda pela incorporação. De fato, falaram um pouco de si. Fizeram maldades, tendo oportunidades não fizeram o Bem nem a outros e nem a si mesmos. Este Bem a si mesmo é que tiveram oportunidade de aprender, instruir-se moralmente e religiosamente e não o fizeram. Viveram encarnados sem se preocupar com a desencarnação. Sem pensar que fossem obrigados a colher do que plantaram. Todos do grupo tiveram os perispíritos recuperados, curados, e ficaram numa outra fila para serem levados para a Colônia.


Fiquei mais aliviada ao vê-los já sem sofrimento, desejei de coração que se recuperassem espiritualmente. Que a dor tivesse conseguido ensiná-los e que se voltassem realmente a Deus e se afastassem do mal.


Foram também socorridos muitos espíritos que estavam com o perispírito lesado, necessitavam se harmonizar. Estes lesados eram os que se sentiam como encarnados com todas as suas doenças. A impressão é forte, o não entendimento da desencarnação faz que continuem doentes. Outros, o remorso destrutivo levou a lesar o perispírito...


...Um homem desencarnado, que estava na fila para receber orientação, me chamou atenção. Estava imóvel, duro, sem se mover. Ao ser colocado perto de um médium, recebeu de um dos trabalhadores desencarnados uma carga magnética e também sentiu o calor do corpo físico. Sentia dores por todo o corpo, devagar, conseguiu mover alguns músculos. Alegrou-se por se mover, com ajuda do orientador encarnado conseguiu responder sua saudação.

—Boa noite!...

Vencendo as dificuldades, foi conseguindo falar. Quando encarnado foi orgulhoso, senhor de muitos bens, sua vontade era lei. Cometeu muitos erros. Gostava muito de si mesmo, de sua imagem, era forte e arrogante. Mandou fazer uma estátua sua. Realmente o artista a esculpiu muito bem. A estátua ficou linda. Foi colocada em uma praça para ele ser lembrado do benfeitor que foi. Porém, sempre há um porém, a morte veio destruir seus sonhos e ilusões. Desencarnou por um infarto. Não se conformou, queria estar encarnado. Inimigos o perseguiram por anos, aos poucos, foram abandonando-o. Mas o tempo passou e tudo mudou, sua casa, suas terras. Só a estátua continuava lá. E perto dela foi ficando, até que fez dela seu escudo, como se fosse seu corpo. Colou-se a ela. Sentiu seu corpo endurecer e não conseguiu mover-se mais e nem falar. Só escutava e via o que estava à sua frente. Fazia sessenta anos que desencarnara.

O orientador pediu para ele rogar perdão ao Pai e que fizesse um propósito de viver conforme as lições do Mestre Jesus. Ele o fez. Estava sendo sincero. A dor lhe cansou e não tinha mais nenhuma razão para ter orgulho.

Foi caminhando, embora apoiado por um socorrista, à fila que iria para a Colônia. Também iria para um hospital. Chorava, suas lágrimas corriam abundantes fazendo-lhe bem.

O orgulho e a arrogância são duas chagas que acabam por sangrar, trazendo muitos sofrimentos.
 
Com grandes proveitos encerraram-se as doutrinações. Todos os socorridos foram conduzidos ao aeróbus para serem transportados à Colônia. Este fato acontece na maioria dos Centros Espíritas. Mas pode ser que socorridos sejam levados a Postos de Socorro e, em outros Centros, podem ficar em locais de amparo, socorro, pequenos hospitais nos Centros mesmo.

Foi feita a Oração de Cáritas e de encerramento. Os trabalhadores desencarnados do local jogaram fluidos, energias benéficas sobre os presentes. 

Estes fluidos, energias, são maravilhosos. Muitos desencarnados choraram emocionados. Parece uma chuva fininha colorida que cai do teto, iluminando suavemente o local, o aroma é agradável. Concentrei-me e abri meu coração, quis receber. Por segundos senti-me molhada, senti a luz entrando nos meus poros, é uma alegria indescritível.


A reunião terminou, acenderam as luzes. Os encarnados conversaram amigavelmente...

Saíram todos, os encarnados apagaram as luzes e fecharam o local. Mas não ficou escuro no Plano Astral. O trabalho continuaria por muitas horas..."