O PINHEIRINHO VAIDOSO.
Era uma vez um pinheirinho bem verde. Verde como
todos os pinheiros que se prezam. Só que este pinheirinho era lamentavelmente
vaidoso. Não estava de forma alguma satisfeito com a aparência que Deus pareceu
bem dar à maioria dos pinheiros.
Passava o dia a resmungar:
-Bolas! Não sei porque hei de ser assim cheio dessas folhas duras que mais parecem espinhos! E verde dessa maneira!...
Um dia, o pinheirinho foi mais longe e deixou escapar o desejo do seu jovem coração:
-Quem me dera ser de ouro! Ficaria em destaque e todas as pessoas olhariam para mim.
É até possível que batessem palmas...
Passava o dia a resmungar:
-Bolas! Não sei porque hei de ser assim cheio dessas folhas duras que mais parecem espinhos! E verde dessa maneira!...
Um dia, o pinheirinho foi mais longe e deixou escapar o desejo do seu jovem coração:
-Quem me dera ser de ouro! Ficaria em destaque e todas as pessoas olhariam para mim.
É até possível que batessem palmas...
Como se vê, sofria realmente da imodéstia, pois se lá no meio da floresta bem pouca gente passava, quem iria se preocupar em olhar para um pinheirinho daquele tamanho? Mas os vaidosos são assim mesmo,eles estão sempre preocupados com admiradores, mesmo que os tais não existam.
Mas deixemos de comentários e voltemos aos fatos. Logo na manhã seguinte, o pinheirinho acordou e nem pode reconhecer-se. Seus galhos haviam se transformados em belos ramos de ouro. Brilhava ao sol que nascia! Ele quase enloqueceu de alegria. E, como houvesse quem o aplaudisse, ele mesmo começou a bater palmas. Só não digo que saltou de felicidade, porque as raízes estavam firmes no chão.
-Mas... sempre um mas... mal chegou a noite, apareceram uns ladrões e lá se foram as folhas de ouro.
Como o pinheirinho chorou no dia seguinte.
Dava dó. Fungando e soluçando, fez outro pedido:
-Quem me dera ser, pelo menos, de vidro.
Assim o sol atravessaria meu tronco e faria brilhar “meus espinhos” ( ele sempre se referia assim) fazendo com que todos os pássaros e animais do bosque me admirassem.
Pois não é que seu desejo foi satisfeito mais uma vez?
No outro dia, amanheceu transparente e delicado como um bibelô.
Mas, mais uma vez, sua alegria durou pouco.
Começou uma ventania tão forte, que, em pouco tempo era uma vez um pinheirinho de vidro...
Assim sem folhas, humilhado e cheio de frio, o pinheirinho parece que entendeu:
- Como fui tolo! Deus sabe o que faz. – E prometeu muito convicto:
- Se eu voltar a ser como antes, ficarei muito agradecido e passarei a ser um bom pinheirinho.
E assim aconteceu. Ele voltou a ser como os outros pinheiros. Passou a ser, porém uma arvorezinha muito simpática e sorridente.
Mesmo quando as outras árvores riam do seu tamanho e dos grandes fracassos que havia sofrido, ele não se zangava. Dizia humildemente: - Aprendi a lição e isso vale a pena.
Assim corriam os dias tranqüilos no bosque, até que chegou o Natal. Todos eles ficaram pensando que alguém os viria buscar para transformá-los em árvores de Natal. Todos, não. O nosso pinheirinho parece que estava mesmo imunizado contra a vaidade e qualquer tipo de pretensão. Lá no seu canto, pensava:
-Sou tão pequeno... acho que ninguém vai me escolher...
Foi justamente o contrário. Exatamente naquela tarde, chegaram várias crianças e um homem. Corriam de um lado para outro, examinando as árvores.
- Olha, papai, que pinheiro bonito! – disse um dos meninos, mostrando uma árvore enorme. E é bom que eu diga que ela ficou maior quando ouviu isso.
- Não Pedrinho. Essa é grande demais para a nossa casa. Vamos ver se encontramos outra menor.
-Achei, papai – gritou Ana Maria. – Não é engraçadinho? Até parece que ele está rindo pra gente...
E foi assim que o pinheirinho virou árvore de Natal. O homem pegou um machado, cortou-o com cuidado e o colocou numa camionete. Doeu o golpe do machado e os solavancos dentro da carroceria davam medo, principalmente porque o pinheirinho nunca havia saído do seu tranqüilo bosque. Mas, ele estava suportando essas coisas valentemente, sem gemidos e reclamações, pensando que isso estava acontecendo para que ele pudesse ser útil.
Agora, ele sabia porque havia sido feito assim.
A sua maneira de ser, ajudava a segurar os enfeites e, principalmente, os flocos de algodão que imitavam a neve.
Que bom descobrir isso! Era como se ele houvesse recebido um lindo presente de Natal.
E lá com o seu aquecido coração de pinheiro feliz, pensava:
“Foi bom eu ter passado pela aflição, para chegar a conhecer essa alegria de hoje...Que todas as pessoas possam reconhecer que Deus tem um plano para cada criatura... Só Ele sabe porque as coisas nos acontecem...
E assim o pinheirinho que
fora problema, drama, tragédia,
no meio da floresta,
passou a ser um motivo de alegria,
uma bênção de Deus no
dia da Sua festa.
A festa que faz dar presentes,
Porque lembra o presente sem igual:
O nascimento do Senhor Jesus,
Que Deus mandou ao mundo no Natal!
Myrtes Mathias
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